História (Baluarte)

Livramento (Baluarte do)

Foi um dos poucos baluartes construídos, da projectada linha contínua de fortificações de 1652 que, pelo lado de terra, ligava Alcântara à Cruz de Pedra. O Baluarte do Livramento, ou das Necessidades, recebia o nome de dois conventos: um, que lhe ficava dentro, hoje desaparecido; o outro, ainda existente e que está junto do antigo Palácio Real das Necessidades, hoje Ministério dos Negócios Estrangeiros.

  • Bibliografia: SILVA. A. Vieira da, Dispersos, vol. III, Ed. CML, 1960
  • Dicionário da História de Lisboa, (1994)

Um Baluarte na Cidade

Estrutura defensiva construída no Séc. XVII, o conjunto edificado do Baluarte do Livramento, inventariado na carta municipal do património pelo seu valor histórico, arquitetónico e ambiental, e inserido na Zona Especial de Proteção que envolve o Palácio das Necessidades, situa-se na freguesia dos Prazeres, em Alcântara, sobre uma colina calcária, constituindo um ponto notável da frente ribeirinha e do qual se usufrui uma panorâmica do estuário do Tejo.

Face à situação desqualificada do Vale de Alcântara e à degradação e subutilização do Baluarte do Livramento, é desenvolvido com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, uma operação cofinanciada pela comunidade europeia para a reabilitação, requalificação e reutilização de todo o conjunto edificado, associado à recuperação do tecido social e, simultaneamente, funcionando como fator impulsionador essencial para a recuperação do Vale de Alcântara.

Desta operação e com projeto do Arq. Duarte Nuno Simões resultou a recuperação do forte e a demolição das construções adossadas aos muros do Baluarte.

  • CML, Reabilitação, Notícias, Espaço Público

Revitalização das Áreas Urbanas Históricas

A reabilitação do Baluarte do Livramento inclui a criação de esplanada, museu, área para realojamento e ateliers para artistas. O objetivo da reabilitação é o de dar corpo a um espaço de melhoria das condições de vida dos residentes e para a angariação de novas atividades sociais, culturais e económicas, no contexto global da regeneração do Vale de Alcântara.

A implementação do projeto foi extremamente lenta, não só pelas dificuldades de aquisição do terreno e de realojamento de perto das 120 famílias que viviam na zona, como também pelas ruínas arquitetónicas cujo aparecimento afetou consideravelmente o calendário previsto e os trabalhos de construção.

  • Comissão Europeia, Base de Dados sobre Boas Práticas em Gestão e Sustentabilidade Urbanas

A Instalação da Casa de Goa no Baluarte do Livramento

Com total respeito pela identidade arquitetónica e urbanística do Baluarte do Livramento, as obras de adaptação para a utilização das instalações pela Casa de Goa, circunscreveram-se, fundamentalmente, ao corpo destinado à Sede e aos espaços exteriores, uma vez que os outros dois corpos, designadamente o Museu e o Restaurante já tinham sido concebidos para os fins a que se destinam.

O esquema do espaço na página ESPAÇO, para além de possibilitar a visualização do conjunto integral de edifícios, permite identificar as várias salas que compõem a Sede e a respetiva utilização.